Em parceria com a dançarina Julia Delmondes, a performance "Velar do Véu" criada a partir do processo artístico de Sofia Mussolin, dialoga com a sensação de estar sob a pele da colônia de microorganismos conhecida como Kombuchá, que fermenta e cresce pela troca com o espaço e entre si, em um contato com a pele humana. Cultivar este tecido vivo, habitar e testemunhar sua morte testando as temporalidades, sua renovação na descamação, que promove dor e prazer. O ato de cultivar a colônia, que se desenvolve em um recipiente que contenha chá e açúcar, e o ato de estender para secar em um varal de corda, transforma a ação em instalação de restos mortais do cultivo e propõe o entendimento da relatividade do tempo de vida, do estar presente, velando a morte do véu entre a dança de respiros e enrijecimentos.

Centro Cultural Light, Rio de Janeiro, 2018.
Velar do Véu
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