Datas alegres, familiares e bonitas são as que acumulam o maior índice de suicídios.
Natal, Dia dos Namorados, Primavera e similares fazem que as pessoas deprimidas se sintam ainda mais isoladas e incapazes de se sentirem contempladas pela comunicação e iconografia da ditadura da felicidade - um estado imaginário onde todo mundo tem família, namorado e é feliz.
Seguindo essa lógica simples, tivemos que fazer com que a CAIXA reavaliasse no seu pedido de uma campanha “alegre" para o mês de valorização da vida e criamos uma campanha que não tenta te alegrar. A depressão é algo bem mais profundo que algo meramente corrigível por uma peça de propaganda.
Nossa campanha não tem a ambição exagerada e pretensamente empática de querer “curar" o depressivo. O que procuramos foi mostrar uma comunicação onde ele possa se sentir identificado e não alienado ou pressionado.
Ainda que a estética e o título estejam destinados a pessoas com pensamentos suicidas, o único chamado a ação da campanha não está destinado ao depressivo, mas sim às pessoas perto deles. Sabemos bem que uma pessoa com vontade de parar de viver não
