Como a inteligência artificial generativa impacta a vida em sociedade.

Português  

A inteligência artificial gerativa veio para ficar e o fator em comum com a realidade é o impacto que esta funcionalidade tem tido na sociedade.

Isso porque a ferramenta utiliza o avanço da tecnologia para reforçar a execução de algumas funções do dia a dia de forma totalmente autônoma, ou seja, sem o uso de mãos humanas para seu funcionamento.

Desse ponto de vista, é comum encarar a presença da IA como um braço otimizador do trabalho profissional, ou de universitários e estudantes, por exemplo.

Mas, veja bem, como exatamente isso começou a impactar esses movimentos e como podemos explorá-los – ou excluí-los – do nosso dia a dia?

Apresentando IA Generativa
Enquanto a inteligência artificial é programada para realizar tarefas específicas, a IA generativa trabalha com funcionalidades inovadoras. Ou seja, a sua arquitetura permite o cruzamento de dados, seguido da ligação com essas fontes e o resultado são as respostas às muitas questões que são colocadas.

As duas funcionalidades atuam em comum, sendo um amplo campo da ciência da computação que tem como foco o desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. Mas neste caso, sem realmente precisar de um.

Porém, a IA generativa está focada na criação de conteúdo original, baseado em leituras de dados como música, estilo de pintura dos artistas, imagens e desenhos.

Portanto, a IA é um campo mais amplo que engloba todas as técnicas e aplicações da inteligência artificial, enquanto a IA generativa é uma subcategoria específica que se concentra na geração de conteúdo original com base em modelos treinados.

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   Mas, qual o tamanho dessa funcionalidade e como as mudanças que a IA promove na sociedade impactam o todo?

Segundo André Boger, CEO da MATH, sua grandeza vem da revolução industrial, assim como da eletricidade, da roda e da internet, que também são grandes revoluções e deram lugar a momentos mais expansivos como a realidade da IA hoje.

Porém, segundo Boger, a velocidade foi a melhor amiga de tudo isso. Até porque a velocidade da mudança ocorreu em cerca de 15 anos e tem sido imbatível desde então.

Para André Luft, filósofo, pesquisador, professor universitário e convidado do episódio 061 do podcast DoTheMATH, existem duas realidades. Isto, citado por Boger, a respeito da aceleração, reconhecida como aceleracionismo, em que se discute uma abordagem que vê a IA e o avanço tecnológico como meios para impulsionar profundas mudanças sociais e políticas. Mas também procura explorar as possibilidades emancipatórias e disruptivas da IA.

E em segundo lugar, uma visão de uma dimensão existencial, um pouco diferente das demais. Mas, segundo ele, é basicamente o fato de estar construindo agora a ideia de pseudopessoas. Ou seja, estão sendo enganados a ponto de não saberem se algo foi construído por um humano, e que os textos passarão a ficar sem ator.

“Daniel Dennett, um filósofo de ponta que é muito um filósofo da ciência, um filósofo da biologia, publicou ontem um artigo dizendo que todas as inteligências artificiais que simulam pessoas, ou seja, o que estou chamando de pessoas falsas, pessoas, deveriam ser imediatamente proibido sob penas gravíssimas”, acrescenta o filósofo.

Para conteúdo mais aprofundado de autoria de Eduardo Luft, acompanhe-o clicando aqui.

O impacto direto das relações humanas e da inteligência artificial
Já sabemos que a inteligência artificial se baseia num mecanismo científico. Contudo, como a filosofia impacta diretamente esse papel?

A relação deles, além de complexa e multifacetada, levanta questões profundas do ponto de vista filosófico, como é o caso do que Eduardo Luft traz à tona no episódio 61 do podcast.

Sua principal preocupação é basicamente o fato do uso de fakes ou, por exemplo, a forma como irá atuar no mercado de trabalho, já que desde a faculdade o universitário cria emprego através do Chat GPT.

O resultado são pessoas e profissionais preguiçosos, além de um baixo QI precoce, pois têm tudo ao seu alcance e as reuniões são mais fáceis.

O que rege a filosofia é o cientista natural, no qual a nossa cultura se baseia inteiramente e chama-se fisicalismo, o que significa que a natureza é a afirmação de Galileu, um livro aberto escrito em linguagem matemática. Mas, como descrever o que é um sujeito e uma pessoa com linguagem matemática?

Para Eduardo isso não existe na física e aí criou-se o dualismo, com as ciências naturaise a humana, que por trás da IA, traz o auge do fisicalismo com o fato de que pessoas podem, de fato, ser modeladas por robôs...ocorrendo então uma despersonalização no mundo, com o sujeito perdendo sua importância.  

Porém, não é o chat GPT que vai modelar inteiramente. Muito pelo contrário, para Eduardo, a ferramenta é impressionante e segue sendo um modelo importante em sua opinião.  
Para o filósofo, inclusive, o chat Bing foi surpreendente em questão de dinâmica e conversa que cria com seus usuários. Para complementar essa opinião, separou em um thread do twitter uma discussão direta com o GPT sobre Platão, que você encontra  clicacessando este link. 

O futuro da IA  

Ainda para Eduardo Luft, o impacto sobre o trabalho vai ser monumental! Ou então, será possível que um robô faça nosso trabalho, mas que nossos artifícios como simpatia e carisma não poderão ser roubados a este nível.  

Por ora, a ideia inicial é o uso do chat GPT, por exemplo, como maneira de otimizar seu trabalho e melhorar sua empresa.  
No geral, para Luft, isso será uma disrupção completa, com adaptações. Sem contar que, com o avanço tecnológico, ocorre uma diversificação dos trabalhos, sendo muito provável que nesse novo nível que a inteligência social vai nos levar, surja uma diversidade muito maior de serviços.  

Para ampliar essa opinião, foi utilizado o chat GPT para explorar o tema, e a resposta foi nada mais nada menos que:  

Automação, tendo em vista sua expertise para leitura de dados; 

Avanços na medicina e saúde, impulsionando avanços significativos na área; 

Assistentes virtuais e interfaces inteligentes, com informações personalizadas e, novamente, automações; 

Ética e privacidade, com os updates de coleta de dados; 

Tomadas de decisão e transparência; 

Impacto social e desigualdades, ampliando desigualdades já existentes. 

No último episódio do podcast DoTheMATH, divulgado nas principais plataformas de streaming de áudio, aprofundamos este tema na presença de Eduardo Luft, André Boger, Marcel Ghiraldini e Cássio Politi.  
Para escutar e se aprofundar sobre a temática, acesse abaixo.

How generative artificial intelligence impacts life in society

Inglês 

Generative artificial intelligence is here to stay, and the factor in common with reality is the impact that this functionality has had on society.

This is because the tool uses the advancement of technology to reinforce the execution of some day-to-day functions in a completely autonomous way, that is, without the use of human hands for its operation.

From this point of view, it is common to view the presence of AI as an optimizing arm for professional work, or for university students and students, for example.

But, look, how exactly did this begin to impact these movements and how can we explore – or exclude them – from our daily lives?

Introducing Generative AI

While artificial intelligence is programmed to perform specific tasks, generative AI works with innovative functionalities. That is, its architecture allows the crossing of data, followed by the connection with these sources and the result is the answers to the many questions that are asked.

The two functionalities act in common, being a broad field of computer science that focuses on the development of systems capable of performing tasks that normally require human intelligence. But in this case, without actually needing one.

However, generative AI is focused on creating original content, based on readings of data such as music, artists' painting style, images and drawings.

Therefore, AI is a broader field that encompasses all techniques and applications of artificial intelligence, while generative AI is a specific subcategory that focuses on generating original content based on trained models.

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  But, how big is this functionality and how are the changes that AI promotes in society impacting the whole?

According to André Boger, CEO at MATH, its greatness comes from the industrial revolution, as well as electricity, the wheel and the internet, which are also great revolutions and gave way to more expansive moments like the reality of AI today.

However, according to Boger, speed was the best friend for all of this. Especially because the speed of change took place in around 15 years and has been unbeatable ever since.

For André Luft, philosopher, researcher, university professor and guest on episode 061 of the DoTheMATH podcast, there are two realities. This, cited by Boger, regarding acceleration, recognized as accelerationism, in which an approach that sees AI and technological advancement as means to drive profound social and political changes is discussed. But it also seeks to explore the emancipatory and disruptive possibilities of AI.

And secondly, a vision of an existential dimension, which is a little different from the others. But, according to him, it is basically the fact that he was now constructing the idea of pseudo-people. That is, they are being deceived to the point of not knowing whether something was built by a human, and that texts will from now on be without an actor.

“Daniel Dennett, a cutting-edge philosopher who is very much a philosopher of science, a philosopher of biology, published an article yesterday saying that all artificial intelligences that simulate people, that is, what I am calling fake people, people, should be immediately prohibited under very serious penalties”, adds the philosopher.

For more in-depth content authored by Eduardo Luft, follow him by clicking here.

The direct impact of human relationships and artificial intelligence

We already know that artificial intelligence is based on a scientific mechanism. However, how does philosophy directly impact this role?

Their relationship, in addition to being complex and multifaceted, raises profound questions from a philosophical point of view, as is the case with what Eduardo Luft brings up in episode 61 of the podcast.

His main concern is basically the fact of the use of fakes or, for example, the way he will act in the job market, since since college the university student has created a job through Chat GPT.

The result is lazy people and professionals, as well as an early low IQ, as they have everything at their fingertips and meetings are easier.

What governs philosophy is the natural scientist, which our culture is entirely based on and called physicalism, which means that nature is Galileo's statement, an open book written in mathematical language. But, how to describe what a subject and a person are with mathematical language?

For Eduardo, this does not exist in physics, and then, dualism was created, with natural science and the human, which behind AI, brings the height of physicalism with the fact that people can, in fact, be modeled by robots... thus causing a depersonalization in the world, with the subject losing its importance.

However, it is not the GPT chat that will model entirely. Quite the contrary, for Eduardo, the tool is impressive and continues to be an important model in his opinion.

For the philosopher, in fact, Bing chat was surprising in terms of the dynamics and conversations it creates with its users. To complement this opinion, he created a direct discussion with GPT about Plato in a Twitter thread, which you can find by clicking on this link.

The future of AI

Still for Eduardo Luft, the impact on his work will be monumental! Or, it will be possible for a robot to do our work, but our devices such as friendliness and charisma cannot be stolen at this level.

For now, the initial idea is to use GPT chat, for example, as a way to optimize your work and improve your company.

Overall, for Luft, this will be a complete disruption, with adaptations. Not to mention that, with technological advances, there is a diversification of work, and it is very likely that at this new level that social intelligence will take us, a much greater diversity of services will emerge.

To expand this opinion, GPT chat was used to explore the topic, and the response was nothing less than:

Automation, given its expertise in reading data;

Advances in medicine and health, driving significant advances in the area;

Virtual assistants and intelligent interfaces, with personalized information and, again, automations;

Ethics and privacy, with data collection updates;

Decision making and transparency;

Social impact and inequalities, expanding existing inequalities.

In the latest episode of the DoTheMATH podcast, released on the main audio streaming platforms, we delve deeper into this topic in the presence of Eduardo Luft, André Boger, Marcel Ghiraldini and Cássio Politi.