Texto da sequência "Mulheres no Cinema", a respeito de diretoras brasileiras no cinema lésbico. Projeto desenvolvido para o Cine UEM.

Querer entre as frestas, desejo delicado que foge à heteronormatividade. O amor lésbico, sentir tão comum, mas escasso de representação no cinema de diretoras brasileiras. Escasso sim, ausente não. Adélia Sampaio, Vera Egito e Mônica Palazzo. Esses são alguns dos nomes que vêm apresentando em seus filmes as celebrações e dores que rodeiam os romances entre mulheres.

Os filmes atravessam desde o assédio dos olhares objetificantes masculinos para dentro das relações lésbicas, até a dificuldade de auto-aceitação e o impacto do cruzamento de preconceitos. A opressão do patriarcal, a desigualdade de classe, de raça, de nacionalidade, somam ainda mais à marginalização do corpo da mulher que deseja outra mulher.

Resistindo às rejeições conservadoras alheias, os afetos e carinhos sáficos, ou seja, entre mulheres ou pessoas alinhadas ao gênero feminino, seguem em crescente representação. Com a ajuda dos movimentos LGBTQIA+ pela diversidade sexual e de gênero, da democratização de produção e distribuição audiovisual através da inclusão digital, a esperança é que se encontre cada vez mais exaltações às diferentes formas de amar.

Que tal explorar um pouco esse universo tão pouco conhecido do cinema brasileiro? E não se esqueça de continuar acompanhando o perfil do Cine UEM, pois as cineastas mulheres não param por aqui!